ESCOLA
ESTADUAL ALMIRAMNTE NEWTON BRAGA DE FARIA
TURMA:
3º ANO”U” ENSINO
FUNDAMENTAL I TURNO: MATUTINO
PROFESSORA:
LÚCIA MORAIS
RELATÓRIO DA PRÁTICA
Aos trinta dias do
mês de outubro do ano de dois mil e doze, iniciamos um trabalho pedagógico na
turma do 3º ano da supracitada escola, em que o enfoque seria, a mangueira:
planta que tinha predominância no espaço onde atualmente está inserida a nossa
escola.
A
princípio, foi necessário realizar uma pesquisa sobre o espaço já citado,
sobretudo porque o projeto proposto: Vila
Naval do Alecrim: espaço de convivência e identidade histórica, é a
temática maior para ser desenvolvida de forma interdisciplinar com as turmas do
2º ao 6º ano do Ensino Fundamental, da nossa escola.
Nesta
perspectiva, cada turma ficaria com um enfoque que retratasse uma das partes da
temática maior, para que, ao final do trabalho, tenhamos uma culminância que
mostre o todo da nossa proposta: contextualização histórica do espaço de
convivência da Vila Naval, do qual a nossa escola faz parte.
O
primeiro passo foi fazer um levantamento prévio pela turma, com relação ao
espaço onde se encontra a escola. Seguindo, procuramos pessoas que pudessem
falar sobre como era o espaço antes e o que mudou nesse período; e depois,
realizamos uma pesquisa que contextualizasse de forma histórica o enfoque em
questão para, a partir disso, chegarmos a parte da mangueira, enfoque central
do trabalho com a turma do 3º ano.
A senhora Maria
Salete de Araújo, funcionária da escola, conhecedora daquele espaço, se propôs
a fazer uma explanação sobre o assunto, bem como o senhor Erivan Antônio do
Nascimento, 2º Sargento da Marinha do Brasil.
Na comunidade,
planejamos uma aula, que foi realizada embaixo de uma mangueira, que fica dentro
da Vila Naval, onde está localizada a nossa escola. Houve dois momentos: No
primeiro, a senhora Salete fez sua explanação e no segundo, foi a vez do senhor
Erivan Antônio.
A principio a senhora
Salete falou que, antigamente aquele espaço era um sítio que começava na
Avenida Coronel Estevam, no Alecrim - Natal-RN, fazendo limite com a Avenida
Alexandrino de Alencar no mesmo bairro, tendo como proprietário o senhor Doutor
Choque, como era conhecido por todos. Segundo ela, havia naquele sítio uma
plantação de mangueiras, e com o tempo foi construído o Conjunto Residencial
Almirante Tertius Rebello.
Segundo a senhora
Salete o Almirante Tertius Rebello teria sido o primeiro prefeito da cidade de
Natal. Diante dessa informação, achamos pertinente fazermos uma pesquisa mais
aprofundada a esse respeito.
De acordo com a
pesquisa (fonte:jornaldehoje.com.br): o Almirante Tertius Rebello, nasceu em
Parnaíba/PI, no dia 17 de julho de 1917; cursou o ginasial em Parnaíba/PI;
formou-se Oficial da Marinha na escola Naval no Rio de Janeiro; chegou a posto
de vice-almirante; ingressou na escola Naval durante a II Guerra Mundial; foi
comandante de um navio caça submarino; foi agraciado com a Medalha dos serviços
relevantes. Ele também exerceu vários cargos de alta relevância dentre os quais:
adido militar na Embaixada Brasileira em Washington durante o governo do
presidente Café Filho; Comandante do CIAT (Centro de Instituições Almirante
Tamandaré); Comandante da Base Naval de Natal. Prefeito da cidade do Natal logo
após a revolução; Deputado Estadual; Vice Governador do Estado durante o
Governo de Cortez Pereira e Presidente da CAERN. Tertius Cesar Pereira Pires de
Lima Rebello era casado com Maria do Rosário Barbalho Pires Rebello. Tiveram
dois filhos: Anibal José Barbalho Pires Rebello e Rossana Chistine Moura
Rebello.
Evidentemente que
essa informação foi passada de forma sucinta, e numa linguagem adequada para as
crianças do 3º ano. Como se fosse um conto.
Na sequência, o
sargento Erivan falou um pouco sobre a Marinha do Brasil, e a sua trajetória
para ser hoje, um sargento da Naval. Finalizando, pedimos que cada criança
pegasse um caroço de manga.
Ao voltar para sala
de aula, fizemos uma recapitulação de tudo que foi observado e falado na aula
realizada embaixo da mangueira na Vila Naval. Após, recapitularmos o assunto,
entramos na questão da mangueira: a plantação que existia no espaço da escola;
fizemos perguntas para sabermos quem gostava da fruta; quais tipos de manga a
turma conhecia e fizemos uma lista das mais conhecidas.
Na aula seguinte,
trabalhamos um texto informativo abordando o nome popular: mangueira, e o nome
científico: Mangifera indica L;
Família botânica: Anacardiaceas;
origem: Ásia. Também foram abordadas as características da planta, o fruto, o cultivo,
as utilidades medicinais e alguns tipos da fruta, como: manga espada; manga
rosa; manga Bourbon, manga família; manga favo de mel; manga carlotina e manga
coração de boi.
Esta aula chamou
muita atenção das crianças. A participação foi muito boa, assim como a realizada
embaixo da mangueira. Todos queriam falar, principalmente com relação ao sítio
e a Marinha do Brasil. Isso pode ser constatado nos registros que foram feitos
através de fotos.
Finalmente, chegou o
dia da plantação dos caroços de manga (sementes) que as crianças colheram no
espaço onde encontra-se a mangueira. Primeiro levamos as crianças para a quadra
da escola, onde nas laterais existem algumas plantas e areia. Depois pegamos
baldes, água, saquinhos para fazer a plantação, e foram iniciadas as
orientações do processo de como se plantar. Após as orientações duas crianças
ficaram responsáveis para ajudar as demais. Enquanto isso, ficamos registrando
através de fotos este momento. Salientando que cada criança recebeu um saquinho
para realizar sua plantação, e que firmamos o compromisso que, a cada dia, duas
crianças seriam responsáveis por regar as mudinhas com o objetivo de
distribuirmos essas novas mangueiras na culminância do Projeto, para os
visitantes.
Finalizando,
ressaltamos aqui a importância de conciliar a teoria com a prática, considerando
que as aulas se tornam mais significativas e a aprendizagem acontece com mais
rapidez. O tempo passa e não percebemos, ou seja, o aluno e professor interagem
mais e melhor. Assim sendo, o professor desempenha o papel de estimulador das
competências e organizador das atividades. As crianças são indivíduos capazes
de construir, modificar e integrar ideias. Para tanto, precisam ter
oportunidade de interagir com outras pessoas, com objetos e situações que exijam
envolvimento, dispondo de tempo para pensar e refletir acerca de seus
procedimentos. Enfim, sabemos que uma semente foi plantada e esperamos colher
bons frutos (aprendizagens).
.jpg)
.jpg)
.jpg)
Parabéns profa. Lúcia. Ser professor é ter o dom de ensinar, amar seus alunos e inovar sempre com o objetivo de conduzi-los ao conhecimento libertador. Parabéns.
ResponderExcluir