segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Relatório da prática - Profa. Lúcia Morais


ESCOLA ESTADUAL ALMIRAMNTE NEWTON BRAGA DE FARIA
TURMA: 3º ANO”U”                        ENSINO FUNDAMENTAL I            TURNO: MATUTINO
PROFESSORA: LÚCIA MORAIS


RELATÓRIO DA PRÁTICA



            Aos trinta dias do mês de outubro do ano de dois mil e doze, iniciamos um trabalho pedagógico na turma do 3º ano da supracitada escola, em que o enfoque seria, a mangueira: planta que tinha predominância no espaço onde atualmente está inserida a nossa escola.

         A princípio, foi necessário realizar uma pesquisa sobre o espaço já citado, sobretudo porque o projeto proposto: Vila Naval do Alecrim: espaço de convivência e identidade histórica, é a temática maior para ser desenvolvida de forma interdisciplinar com as turmas do 2º ao 6º ano do Ensino Fundamental, da nossa escola.

         Nesta perspectiva, cada turma ficaria com um enfoque que retratasse uma das partes da temática maior, para que, ao final do trabalho, tenhamos uma culminância que mostre o todo da nossa proposta: contextualização histórica do espaço de convivência da Vila Naval, do qual a nossa escola faz parte.

         O primeiro passo foi fazer um levantamento prévio pela turma, com relação ao espaço onde se encontra a escola. Seguindo, procuramos pessoas que pudessem falar sobre como era o espaço antes e o que mudou nesse período; e depois, realizamos uma pesquisa que contextualizasse de forma histórica o enfoque em questão para, a partir disso, chegarmos a parte da mangueira, enfoque central do trabalho com a turma do 3º ano.

A senhora Maria Salete de Araújo, funcionária da escola, conhecedora daquele espaço, se propôs a fazer uma explanação sobre o assunto, bem como o senhor Erivan Antônio do Nascimento, 2º Sargento da Marinha do Brasil.

Na comunidade, planejamos uma aula, que foi realizada embaixo de uma mangueira, que fica dentro da Vila Naval, onde está localizada a nossa escola. Houve dois momentos: No primeiro, a senhora Salete fez sua explanação e no segundo, foi a vez do senhor Erivan Antônio.

A principio a senhora Salete falou que, antigamente aquele espaço era um sítio que começava na Avenida Coronel Estevam, no Alecrim - Natal-RN, fazendo limite com a Avenida Alexandrino de Alencar no mesmo bairro, tendo como proprietário o senhor Doutor Choque, como era conhecido por todos. Segundo ela, havia naquele sítio uma plantação de mangueiras, e com o tempo foi construído o Conjunto Residencial Almirante Tertius Rebello.

Segundo a senhora Salete o Almirante Tertius Rebello teria sido o primeiro prefeito da cidade de Natal. Diante dessa informação, achamos pertinente fazermos uma pesquisa mais aprofundada a esse respeito.

De acordo com a pesquisa (fonte:jornaldehoje.com.br): o Almirante Tertius Rebello, nasceu em Parnaíba/PI, no dia 17 de julho de 1917; cursou o ginasial em Parnaíba/PI; formou-se Oficial da Marinha na escola Naval no Rio de Janeiro; chegou a posto de vice-almirante; ingressou na escola Naval durante a II Guerra Mundial; foi comandante de um navio caça submarino; foi agraciado com a Medalha dos serviços relevantes. Ele também exerceu vários cargos de alta relevância dentre os quais: adido militar na Embaixada Brasileira em Washington durante o governo do presidente Café Filho; Comandante do CIAT (Centro de Instituições Almirante Tamandaré); Comandante da Base Naval de Natal. Prefeito da cidade do Natal logo após a revolução; Deputado Estadual; Vice Governador do Estado durante o Governo de Cortez Pereira e Presidente da CAERN. Tertius Cesar Pereira Pires de Lima Rebello era casado com Maria do Rosário Barbalho Pires Rebello. Tiveram dois filhos: Anibal José Barbalho Pires Rebello e Rossana Chistine Moura Rebello.

Evidentemente que essa informação foi passada de forma sucinta, e numa linguagem adequada para as crianças do 3º ano. Como se fosse um conto.

Na sequência, o sargento Erivan falou um pouco sobre a Marinha do Brasil, e a sua trajetória para ser hoje, um sargento da Naval. Finalizando, pedimos que cada criança pegasse um caroço de manga.

Ao voltar para sala de aula, fizemos uma recapitulação de tudo que foi observado e falado na aula realizada embaixo da mangueira na Vila Naval. Após, recapitularmos o assunto, entramos na questão da mangueira: a plantação que existia no espaço da escola; fizemos perguntas para sabermos quem gostava da fruta; quais tipos de manga a turma conhecia e fizemos uma lista das mais conhecidas.

Na aula seguinte, trabalhamos um texto informativo abordando o nome popular: mangueira, e o nome científico: Mangifera indica L; Família botânica: Anacardiaceas; origem: Ásia. Também foram abordadas as características da planta, o fruto, o cultivo, as utilidades medicinais e alguns tipos da fruta, como: manga espada; manga rosa; manga Bourbon, manga família; manga favo de mel; manga carlotina e manga coração de boi.

Esta aula chamou muita atenção das crianças. A participação foi muito boa, assim como a realizada embaixo da mangueira. Todos queriam falar, principalmente com relação ao sítio e a Marinha do Brasil. Isso pode ser constatado nos registros que foram feitos através de fotos.

Finalmente, chegou o dia da plantação dos caroços de manga (sementes) que as crianças colheram no espaço onde encontra-se a mangueira. Primeiro levamos as crianças para a quadra da escola, onde nas laterais existem algumas plantas e areia. Depois pegamos baldes, água, saquinhos para fazer a plantação, e foram iniciadas as orientações do processo de como se plantar. Após as orientações duas crianças ficaram responsáveis para ajudar as demais. Enquanto isso, ficamos registrando através de fotos este momento. Salientando que cada criança recebeu um saquinho para realizar sua plantação, e que firmamos o compromisso que, a cada dia, duas crianças seriam responsáveis por regar as mudinhas com o objetivo de distribuirmos essas novas mangueiras na culminância do Projeto, para os visitantes.

Finalizando, ressaltamos aqui a importância de conciliar a teoria com a prática, considerando que as aulas se tornam mais significativas e a aprendizagem acontece com mais rapidez. O tempo passa e não percebemos, ou seja, o aluno e professor interagem mais e melhor. Assim sendo, o professor desempenha o papel de estimulador das competências e organizador das atividades. As crianças são indivíduos capazes de construir, modificar e integrar ideias. Para tanto, precisam ter oportunidade de interagir com outras pessoas, com objetos e situações que exijam envolvimento, dispondo de tempo para pensar e refletir acerca de seus procedimentos. Enfim, sabemos que uma semente foi plantada e esperamos colher bons frutos (aprendizagens).

  

Um comentário:

  1. Parabéns profa. Lúcia. Ser professor é ter o dom de ensinar, amar seus alunos e inovar sempre com o objetivo de conduzi-los ao conhecimento libertador. Parabéns.

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